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Fantasia e ação: do livro aos leitores
Patricia Trindade Nakagoome

Última modificación: 2017-10-05

Resumen


Harry Potter de J. K. Rowling completou recentemente vinte anos de lançamento do seu primeiro livro, A Pedra Filosofal. Tal título inaugura um dos maiores fenômenos editoriais de todos os tempos, exercendo papel fundamental na formação de gerações de leitores. Nessa comunicação, discutiremos um desdobramento da série em contexto geograficamente distante: A arma escarlate da escritora brasileira Renata Ventura publicado em 2012. Desde a dedicatória a Rowling, fica evidenciada a relação do livro brasileiro com a série inglesa. Há, porém, diferenças significativas, como o fato de o protagonista ser morador de uma favela perigosa do Rio de Janeiro. Nosso objetivo é apresentar uma análise comparativa dos primeiros livros de Rowling e Ventura, questionando os limites do fantástico num cenário violento como o brasileiro.  A partir dessa análise da narrativa, discutiremos como a magia vai além do livro, atingindo sua comunidade de leitores, unida em torno de uma noção ampla de leitura, que considera o envolvimento do corpo e a necessidade de intervenção social. Para essa segunda etapa, voltamo-nos aos vídeos feitos por fãs e posts de comunidades virtuais ligadas ao livro de Ventura. A partir desse duplo movimento de análise, da obra e de seus leitores, concluímos que, apesar da desconfiança de parte da crítica tradicional em relação a livros de fantasia, eles podem, além de qualidade estética, apresentarem o potencial de humanização que por vezes se espera da literatura (ou apenas da alta literatura).


Palabras clave


leitura; fantasia; literatura brasileira